Foto: Marcelo Brandão (Diretor da VILAGE Marcas e Patentes Campinas). Crédito: EPTV
De acordo com o INPI, existem 1,6 mil pedidos na fila no estado de São Paulo. Tempo de espera reduz pela metade nos Estados Unidos, por exemplo.
Com um tempo de espera de dez anos em média para registrar patentes, pesquisadores e empresas de Campinas (SP) buscaram alternativas para driblar a demora do Brasil. A maneira de diminuir a burocracia, e evitar que o registro da autoria de um produto ou invenção seja prejudicado, foi protocolar o pedido no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, o período de espera reduz pela metade.
O diretor de engenharia Daniel Pedrosa afirmou que já fez 13 pedidos de patentes na Europa e Estados Unidos. Entre eles, está o registro de um sensor que monitora a potência de transformadores. A solicitação foi feita no Brasil em 2007 e nos Estados Unidos em 2009. Depois de quatro anos, ele obteve o registro do pedido no exterior e até hoje não chegou a resposta brasileira.
“Como o escritório de patentes dos Estados Unidos já conseguiu comprovar a novidade do produto e concedeu a patente, em algum momento nós vamos conseguir ela aqui no Brasil também”, afirmou Daniel.
No entanto, o médico Humberto Takahashi tenta há 13 anos registrar a patente de um equipamento para corrigir desvios e melhorar dores. Segundo ele, a cada ano ele faz o pagamento do pedido, mas nunca consegue o registro.
“É uma insegurança, a cada ano eu tenho que pagar, e não sai no meu nome nunca. Estou desiludido”, contou o médico.
Demora e burocracia
De acordo com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), existem 1,6 mil pedidos de patentes em avaliação no estado de São Paulo. O processo para conseguir a aprovação é burocrático e passa por uma comissão de examinadores. O órgão informou que estuda o que pode ser feito para melhorar o processo.
O diretor de uma empresa de patentes, Marcelo Brandão, afirmou que a demora no Brasil acontece por conta da quantidade de demanda e do déficit de examinadores. “Quando eu solicito no mercado americano, eu vou ter a patente julgada lá, isso me dá a tranquilidade de saber que muito provavelmente essa patente será concedida no Brasil também”.
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Fonte: G1