Quando criamos um produto, existe todo um processo que vai desde a ideia inicial até chegar ao consumidor, tornando esta criação algo que possa ser comercializado. Mas fazer este invento sair da cabeça, ir para prototipagem e projeto final e depois para desenvolvimento demanda muito investimento.
Todo esse trabalho exige tempo, dinheiro, conhecimento, muitas vezes de toda uma equipe dentro de uma empresa, todos pensando junto no produto final. Entretanto, colocar a ideia em prática muitas vezes é mais difícil do que ter a própria ideia.
E quando tudo isso está feito é possível proteger o que criou, mas e quando o que se tem é apenas a ideia? É possível proteger? Pensando em tirar essa dúvida, fizemos este guia definitivo para falarmos sobre a proteção de toda essa propriedade intelectual. Acompanhe e boa leitura!
O que é prototipagem?
A prototipagem é a ação de criar um protótipo para a ideia que o inventor teve, sendo, praticamente, uma das últimas etapas de todo o processo de criação. E o protótipo em si é como uma representação, mesmo que simplificada, da invenção, para que ela possa ser tangível, tocável, para que possa ser avaliada, testada e explorada.
Vamos imaginar que você está criando um aplicativo, com um layout e funcionalidade diferentes. Para avaliar se ele é funcional, testá-lo e analisar na prática, é preciso fazer um protótipo deste software. Com isso, será possível ver os acertos e os erros que precisam ser corrigidos.
No mercado, atualmente, existem vários métodos de fabricação para uma prototipagem rápida, fazendo, inclusive, esse processo ser muito parecido com o que realmente será o produto, como:
- CAD;
- impressão 3D;
- corte laser;
- protótipos de papel;
- mock-ups digitais;
- storyboard.
O mais importante é que o inventor precisa entender que os protótipos são construídos para serem descartados, porque é apenas uma visão inicial do produto. Coletar todos os feedbacks dos testes feitos também é essencial para a melhoria do produto.
Mas o que vem antes do protótipo?
Você já ouviu falar em Design Thinking? É uma expressão criada para falar de todo o processo de pensamento criativo, organizando as ideias, planejando todas as etapas, porque, como dissemos, ter uma ideia e, depois, colocá-la em prática, são situações totalmente diferentes.
Para a ideia sair do papel usando este termo, é preciso seguir alguns passos para que tudo esteja alinhado com o objetivo final. Veja quais são eles a seguir!
Imersão
Mergulhar a fundo em tudo que envolve a criação, mapeando os pontos positivos e negativos, além de identificar o problema para saber o motivo da criação do seu produto.
Ideação
Com tudo mapeado, como o problema a ser resolvido pela sua criação e os prós e contras, é hora de produzir a ideia, com insights e brainstorming (técnica usada para levantar ideias para resolver um problema).
Prototipagem e projeto final
Com todas as ideias na mesa, filtre as mais interessantes e comece a criar os protótipos das ideias — como dissemos, transforme essa ideia em algo tangível para ser testado e analisado.
Desenvolvimento
Com o protótipo feito, coloque o produto realmente para funcionar, corrija as falhas que ele apresentar e, depois de tudo concluído, faça todo o trabalho para colocá-lo no mercado.
E como proteger tudo isso?
Agora você imaginou fazer todo esse processo de criação e, no final, saber que alguém copiou a sua ideia e que está industrializando o produto? Como posso ter segurança em todo esse processo?
Como sabemos, a Lei de Propriedade Industrial não permite patentear uma ideia em si, de forma abstrata. É preciso ter algo tangível, por isso, a prototipagem e o projeto final se tornam essenciais na busca por proteger a sua invenção, eles já são a materialização de uma ideia.
Resumidamente, o pensamento é simples: você só pode proteger a sua ideia quando ela deixar de ser apenas uma ideia. E isso serve para qualquer criação. Veja um exemplo: se você criou um produto que tem aplicação industrial, que tem o desenho industrial, então é possível patentear. Agora, se você criou uma marca revolucionária, criativa, tem o nome, o logo e tudo que envolve, poderá registrá-la e, se você criou um filme, digno de Oscar, você poderá protegê-lo pela lei de direito autoral.
No caso de um produto para ser patenteado, não é preciso apresentar ao INPI um protótipo, entretanto, para protocolar o pedido de patente, é necessário ter um relatório que possa mostrar a funcionalidade, os desenhos para que o pedido de patente possa ser analisado.
Com estes documentos, é possível formular os pedidos, tanto para registrar uma marca, patentear uma invenção ou proteger alguma criação pela Lei de Direito Autoral. Vale lembrar que, mesmo com o pedido de patente, a sua invenção é mantida em sigilo pelo INPI durante 18 meses contados da data do depósito, isso porque, de acordo com a lei, a publicação constará dados do produto, como a cópia do relatório descritivo, do resumo e dos desenhos, ficando à disposição do público.
Procure uma empresa especializada!
É importante o inventor ter ciência de que proteger a sua invenção faz parte de todo o processo criativo, já que você terá tranquilidade para desenvolver o produto sem ter receio de cópias ou uso indevido da criação no futuro. Por isso, é fundamental patentear no INPI.
Mas esse processo demanda tempo e um conhecimento técnico das formalidades do instituto, isso poderá tirar seu foco no que realmente interessa: a invenção. Por isso, contrate uma empresa especializada, como a VILAGE Marcas e Patentes.
A VILAGE conta com mais de 95 profissionais especializados em proteger a propriedade intelectual, podendo auxiliar no projeto da invenção para patentear. Se precisar sanar alguma dúvida sobre isso, entre em contato com nosso time especialista.